[Portal Click Macaé] MXM lança sistema de gerenciamento de conteúdo local

[Portal Click Macaé] MXM lança sistema de gerenciamento de conteúdo local

A MXM Sistemas trabalhou junto com a British Petroleum (BP), que já era sua cliente, para desenvolver um novo módulo de gerenciamento de conteúdo local. O projeto deu certo, foi homologado neste semestre e agora a companhia quer estendê-lo a outros clientes no mercado. O presidente da MXM, Mauricio Felgueiras, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou os planos da empresa.

Como funciona o sistema para controle de conteúdo local?

Ele faz todo o cadastro do plano de contas de apresentação da ANP, cadastra o compromisso que foi assumido durante o contrato, grava os certificados que você recebeu dos fornecedores, concilia todos os documentos recebidos e ainda não classificados, gera os relatórios sobre as metas que foram atingidas e os relatórios que devem ser enviados à ANP.

Como surgiu o sistema?

Notamos que o mercado necessitava desse tipo de ferramenta e não havia nenhuma disponível, então fizemos o módulo de conteúdo local em parceria com a BP. Foi homologado neste semestre, e agora estamos apresentando para outras empresas.

Como a MXM vê as regras de conteúdo local no Brasil hoje?

O conteúdo local é sem dúvida uma estratégia muito importante de formar tecnologia e conhecimento. A atividade do petróleo é extrativista, de forma que o produto acaba em certo momento. Não é uma indústria continuada como a automobilística, por exemplo. Então teoricamente ela tem um conceito temporal, que pode ser até de 100 anos, mas tem prazo. Ou seja, todas as empresas exploradoras e prestadoras de serviços estão aqui enquanto houver matéria prima para que elas trabalhem e campos para que operem. Se amanhã não tiverem mais o que ganhar, se não forem descobertas mais reservas, elas irão embora. Acho muito importante e muito louvável a preocupação do governo em criar o controle e a obrigatoriedade de transferência de tecnologia. Isso você vê em todos os segmentos. Sempre se busca atrelar um contrato de serviço à formação tecnológica. Acho importante que o governo jogue duro para transformar esse know-how e o produto em moedas de troca. Óbvio que tem que ser feito com bom senso, sem criar um protecionismo improdutivo. Porque sempre que se exagera no protecionismo, cria-se uma ineficiência. E isso cairia na conta do povo brasileiro.

Quais são as principais atuações da MXM no mercado de óleo e gás?

Atuamos em toda a cadeia do setor, desde as operadoras, passando pelas prestadoras de serviço, até as fornecedoras de equipamentos e de insumos para a produção. A MXM tem uma atuação na área de óleo e gás desde que houve a abertura de mercado. Nossa atuação é muito forte em relação às multinacionais, e atendemos a um número muito expressivo de empresas do setor, diretamente ou através de grandes escritórios de contabilidade, que tenham foco em atender multinacionais.

Por que a atuação maior em relação às multinacionais?

Essa nossa atuação se deve a uma característica muito forte do nosso produto de atuar em ambientes multi-moedas, multi-empresas, bem como a tecnologia que desenvolvemos para atender ao mercado de óleo e gás. O fator de sucesso da MXM nesse segmento tem duas origens, uma é o nosso produto ser adequado para atender às demandas, com uma estrutura de gestão muito forte, aliada a toda uma capacidade de atender à legislação brasileira. Atendemos a todo o setor e temos diferenciais também para as operadoras, que têm uma demanda de controle de consórcios. Como os campos geralmente são consorciados, com mais de uma empresa participando nas concessões, é preciso que haja um gerenciamento por parte da operadora, para que apresente os devidos relatórios às suas sócias. Então desenvolvemos uma tecnologia de parametrização para atender a essas demandas.

Como funciona a parametrização?

Um dos pontos importantes é a apuração de accrual (registro de transações financeiras antes das notas envolvidas serem emitidas), que é importante pela diferença de contabilização entre a legislação brasileira e a estrangeira. Enquanto no Brasil só contabilizamos um serviço ou qualquer transação quando a nota é emitida, lá fora o fornecedor vai medindo o quanto é gasto ao longo do tempo, e tem uma contabilização mensal, independente de a nota ter sido ou não emitida. Com o nosso sistema nós trabalhamos com a contabilização internacional, convertendo moedas e etc, o que interessa muito às multinacionais.

O que a área de óleo e gás representa para a MXM?

Acredito que hoje cerca de 40% dos nossos negócios estejam na área de óleo e gás. Também temos muitos grande clientes na área de geração de energia, como térmicas e eólicas. Incluindo as multinacionais de todos os setores, elas representam 65% do nosso faturamento. E na área de óleo e gás estamos crescendo também muito forte em relação às multinacionais. O Rio de Janeiro passa por um momento muito feliz nesse segmento. Veio muito a calhar o momento do Rio com a nossa capacidade tecnológica. A gente brinca que os estrangeiros nós já convencemos, agora estamos convencendo o brasileiro.

Há novos negócios em vista?

Temos bons projetos em andamento. Temos no mínimo seis visitas por mês de empresas multinacionais. Hoje mesmo tenho duas visitas, uma do setor energético e outra do setor de óleo e gás. A MXM tem sido muito pesquisada pelas empresas. Quem é do setor conhece a MXM e o potencial da nossa ferramenta. Temos brincado que agora a MXM precisa conquistar a MMX. Seria uma combinação perfeita.


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